Objetivo
Basicamente, este blog objetiva a realização de intercâmbio cultural e de informações, mormente entre os confrades da Academia Ubaense de Letras, entidade da qual o administrador é membro efetivo. O conteúdo poderá ainda subsidiar estudantes ou simpatizantes das letras, seja em pesquisas escolares ou levantamento de informações relacionadas, por exemplo, com a história do Município ou da microrregião de Ubá e da própria AULE.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
AULE: ATA DA SESSÃO SOLENE DE LANÇAMENTO DO LIVRO DE MIÚCHA
ATA No. 90 – NONAGÉSIMA REUNIÃO – SESSÃO SOLENE E LÍTERO-MUSICAL DE 12/12/2009, DE LANÇAMENTO DO LIVRO “HONÓRIS CAUSA”, DE MIÚCHA GIRARDI – Aos doze dias do mês de dezembro do ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de dois mil e nove, com início às vinte horas e quarenta e cinco minutos, realizou-se mais uma sessão desta Academia Ubaense de Letras, com o objetivo acima. O local foi o auditório do Colégio Sagrado Coração de Maria, em Ubá. O mestre de cerimônias e acadêmico Dr. Miguel Poggiali Gasparoni, dirigindo a todos os cumprimentos de praxe, anunciou o acontecimento e pediu salva de palmas para a autora e o homenageado Honório Joaquim Carneiro, também nosso confrade, especialmente vindo com toda a sua família, amigos e parentes, de Belo Horizonte, onde o ilustre ubaense reside há muitas décadas. Honório fora especial e gentilmente encarregado dos autógrafos pela autora do livro, escritora Miúcha Trajano. O palco foi encontrado pelos convidados especialmente engalanado para o evento, que incluiria, como incluiu, apresentações diversas pelo conjunto musical que acompanha Miúcha, também cantora consagrada, mais apresentações teatrais, tudo de excelente gosto, retratando a vida de Honório Carneiro, inclusive, evidentemente, suas memoráveis incursões pelo Tabajara Esporte Clube. Miguel lê a apresentação no Cerimonial da noite. Compõe a mesa, sob palmas: Manoel José Brandão Teixeira, presidente da AULE; Antonio Carlos Estevam, 1º.secretário; Honório Joaquim Carneiro, Francisco Marino de Azevedo, chefe de Gabinete representando o sr. Prefeito Vadinho Baião; Maria da Conceição Aparecida Camiloto Rocha Ramos, competente secretária de Cultura do Município e nossa querida confrade; Luíza Coutinho de Andrade Defelippe, revisora do livro; e acadêmico desembargador José altivo Brandão Teixeira. Todos de pé, o Hino Nacional foi executado ao teclado por Aparecida Camiloto. Convida para a mesa a irmã de Honório, sra. Olga Carneiro, de 96 anos, mãe dos acadêmicos Juninho e Hélder. Palavra com o presidente Manoel Brandão, para a abertura: “Em nome da AULE, dou por iniciada esta sessão. Com orgulho, agradeço a presença de todos”. Saúda a mesa, na pessoa de Honório e Miúcha. Cita Honório, conhecido desde menino quando subiram à casa do Vivaldino Teixeira Soares, o Vilino Bela Vista, belíssimo casarão ao alto da curva da Av. Gov. Valadares, em Ubá, entre o Bairro Santa Cruz e o sopé da Rua do Divino, para chamar a filha do morador, senhorita Anamaris, para ser Rainha dos Estudantes. Saúda particularmente outros três presentes à cerimônia, os citados filhos de Dona Olga (acima) mais Raul Carneiro, também sobrinho de Honório. Lembra que eles participaram da Coletânea da AULE lançada em 2007. Agradece a presença das demais autoridades e que sintam-se convidados para a mesa. Cita Miúcha como Diva, lembra ter sido amigo de seu avô Raphael Girardi, do pai Juquita e do avô materno Sr. Trajano. Faz referência a Martha, mãe de Miúcha, como a razão de haver o livro. Elogia o livro objeto do lançamento nesta sessão da AULE como um relato “epistolar e coloquial, a forma que o apóstolo Paulo usou para espalhar o Cristianismo no mundo”. Devolve a palavra ao cerimonial, que lê o protocolo, que inclui inúmeros telegramas, cartões, cartas, inclusive do ator Mauro Mendonça, prefaciador do livro, emocionando longamente a todos e sucedido de muitas palmas. Dentre as leituras, a justificativa do acadêmico Milton d’Ávila pelo não comparecimento, motivo de saúde. Seguiu-se a execução da “Aquarela do Brasil” por Aparecida Camiloto, acompanhada da “Banda de Miúcha”, os músicos sendo muito e muito aplaudidos. “Esta noite é tipicamente ubaense”, diz Miguel Gasparoni, retomando o cerimonial. Convida Marum Alexander para cantar o Hino a Ubá, de sua autoria e então executado por Aparecida Camiloto ao teclado. Palavra com o desembargador acadêmico José Altivo Brandão Teixeira, que inicia sua fala com as saudações. Cumprimenta o presidente Manoel Brandão e cada integrante da mesa. “Prezadíssima Miúcha... Cheguei atrasado, mas não podia faltar. Pedi para fazer uso da palavra. Li o livro tão logo chegou às minhas mãos e em um fôlego, não consegui parar. Convivi em Belo Horizonte desde 1965 com Honório. Ele foi participante de todos os momentos da minha vida. Honório é um cogumelo, é filho de gente e da melhor qualidade. No enterro do meu avô, momento mais triste da minha vida, uma pessoa tomou a mão deste menino, de então seis anos. Foi o Sr. Trajano...” José Altivo lembra que todo sábado passava com Leila, a esposa, no restaurante de Trajano. “Ele está vivo no meu coração”, afirma. “Que bom ter um livro falando de Honório! Como membro da AULE, cumprimento a cantora Miúcha. Publicou como jornalista, coisa muito importante. Um repositório de vida, passagens belíssimas. Cartas, quando hoje não se fala mais em cartas. Miúcha não abre só o baú de sua família, abre seu próprio coração. Honório descende dos próprios fundadores da cidade. Tarquínio Benevenuto Grandis registrou a história dos italianos, colônia vinda para Ubá. Muito mais que abertura do baú, das cartas familiares, o livro mostra que não há fronteira de raças nem de origem. Quando Marum Alexander pôs na letra do Hino a Ubá ‘Democracia’, falou disso. A obra de Miúcha traz uma passagem do Livro de Ester. Chega um momento da vida em que o homem dá a mão a uma mulher. Ocorre o entrelace dos nomes da mulher com o do marido... O texto bíblico diz que o rei tinha uma coroa e coroou Ester também rainha...”. José Altivo cita a rapidez da inteligência de Honório, que “como jogador seria o maior craque do Flamengo!...” (risos e palmas na platéia...), dirigindo-se em seguida a Dona Martha. Lembra a atleta Martha na Praça de Esportes, no memorável Balé Aquático de Ubá, e o marido Juquita (José Salvador Girardi, falecido aos 56 anos, em 1986) no futebol. José Altivo parabeniza Martha como mãe da autora Miúcha. “Se as forças já meio corroídas pela idade já não permitem sonhar tão longe, a homenagem a Martha e Honório fica aqui e agora feita”. Dr.José Altivo encerra pegando na mão dos homenageados e autoridades da mesa, que, sob ovação da platéia, correspondem ao seu afetuoso cumprimento, que faz chorar de emoção Martha, Honório, Miúcha e muitas outras pessoas. Dona Olga cita o irmão Honório como seu aluno (dela) do 1º. ano ao 5º., num tempo em que o exame de admissão era ‘um verdadeiro vestibular’...; que Honório com dez anos de idade fazia redação tão boa que: “eu ia na Folha do Povo, na ‘cara-de-pau’, e publicavam. Pensavam que eu retocava, mas era ‘uma coisinha atoa’...” (risos e palmas da platéia... muitosssss). Olga disse que ia trazer um poema de Honório, do centenário de nascimento do pai deles. Recomendou a leitura, dizendo ser lindo. Citou Honório como um sociável... que ele sabia a data de aniversário da italianada toda da Rua São José. Palmas, palmas e palmas, o mestre de cerimônias retoma a palavra, retornando-a ao desembargador José Altivo Brandão Teixeira. Este dirige-se a Honório, em nome da Colônia Ubaense em Belo Horizonte, da qual Honório é o maior nome, afirma, para em seguida emendar: “Nada em BH se move, dentre os ubaenses lá residentes, sem envolver Honório”. Miguel Gasparoni aproveitou o ensejo para lembrar que Honório colaborou, num período diuturno que varou bátegas de décadas, com os vários jornais de Ubá e agora colabora com o Gazeta Regjornal, do qual Miguel é fundador. Pediu cópia da “homilia’ citada por dona Olga. Miúcha, com a palavra, recorda sua mãe citando dona Maria Camila, a mãe de Honório cujo raciocínio rápido e humor afiado dele é atribuído a ela. “Herança da mãe” diz, para em seguida citar o livro de Maria Camila: “Quem aos meus filhos beija minha boca adoça”. Miúcha complementa dizendo que dona Martha sempre citou a união das famílias Lauria e Carneiro. Frisou que lia as cartas de Honório de viva voz e sua mãe Martha, a destinatária, ditava-lhe a resposta, Miúcha escrevia. Por fim, ela mesma respondia as cartas. Começou a colecionar as missivas... A autora conclui sua fala dizendo ter sido “maravilhoso ingressar no mundo de Honório Carneiro’ e o quanto a mãe Martha combina com Honório; que eles brincam muito um com o outro, e que ela, Miúcha, é fã incondicional de Honório. Com a palavra Honório, este lembrou que escrevia nos dois jornais locais, que “um era do Levindo Coelho e o outro também”. Lembra como conheceu Dr. José Altivo... que foi através de outras pessoas autoridades; que Martha ele conheceu andando (ela) de velocípede, morando na rua João Pessoa, hoje rua Camilo dos Santos. Lembra das homenagens recebidas em Ubá; que é sócio n. 2 do Tabajara; que o n. 1 é Ary Barroso. Palmas... Após dizer que “esta é uma noite de lágrimas”, arrematou: “Vou terminar meu discurso com duas palavras: Obrigado, Miúcha!”. Seguiu-se a palavra de dona Martha Trajano: “Por causa do Honório, eu também estou bonita. Honório, nós estamos eternizados no Honoris Causa. Eu tenho o maior orgulho do mundo: de ser mãe da Miúcha”! Honório volta ao microfone para dizer da dedicatória: “Honório, se houver um novo dilúvio e se eu tiver uma arca, você será convidado para a minha arca”. Com a palavra o escritor prof. Eduardo de Melo: “Quebro o protocolo por ser hora importante. Sou tocantinense e vejo muita coisa aqui que lá ainda não tem... Trabalho há 30 anos na E. E. Raul Soares como professor, desde que Ubá me acolheu...”. Eduardo encerra sua fala lembrando e comentando rapidamente um CD que Miúcha mixou as músicas dele e gravaram juntos. Seguiu-se belíssima interpretação artística da acadêmica e atriz, professora Rosa Serrano, a qual foi intensamente aplaudida. Às 22h30min a palavra foi retornada a Manoel José Brandão Teixeira, para fechar a solenidade. Para dizer do sentimento que ora lhe invade a alma, recorre à citação de Batista Lizardo quando embaixador do Brasil na Argentina: “Querer falar e não poder é como me darem água e não poder beber”. O presidente da AULE declara encerrada a sessão agradecendo a presença de todos, em especial a do representante do Prefeito Municipal Vadinho Baião, o senhor chefe de Gabinete Francisco Marino de Azevedo. Cumprimenta e agradece, também em especial, os homenageados, o mestre de cerimônias, e conclui exaltando cada personagem do livro ora lançado, dedicado a Honório Joaquim Carneiro. Neste momento o Livro de Presenças da AULE continha 148 assinaturas de pessoas presentes, dentre elas as dos acadêmicos: Manoel, Estevam, Honório, Miguel, Maria Alice, Aninha de Ubari, Walsylvia, Cristina e Aparecida Camiloto. E para que tudo fique devidamente registrado, eu, Antonio Carlos Estevam, 1º. Secretário desta Academia Ubaense de Letras, lavrei a presente ata, que assino e, uma vez aprovada, colho o autógrafo do presidente, membros da Diretoria e demais acadêmicos presentes. Ubá, 12 de dezembro de 2009. Antonio Carlos Estevam, 1º. Secretário da AULE.
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"Blog CulturAULE" é um nome bastante criativo! Muito interessante o objetivo, cor de fundo, divisória de colunas.
ResponderExcluirExcelente ideia prá quem reside fora de Ubá, ficar por dentro do que ocorre na cidade é esta barra lateral direita, com postagens de notícias sobre a cidade.
A busca no blog através de pesquisa, facilita muito quando queremos encontrar algo rápido.
Enfim, a escolha do layout foi perfeita! Parabéns!
Beijos: Maria
http://nempacelli.blogspot.com/
OLÁAAAAA, MINHA IRMÃ:
ResponderExcluirFICO LISONJEADO COM MAIS ESSA VERDADEIRA LÁUREA,
ORA A MIM CONFERIDA POR ALGUÉM RECENTEMENTE TORNADA AUTORIDADE INTERNACIONAL EM BLOG.
KKKKK... ABRAÇÃO DO MANO TONINHO